As iniciativas do Governo de Minas para a transição energética foram abordadas nessa terça-feira (5/12) em Dubai, nos Emirados Árabes, no sexto dia de atividades da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28).
No painel “O que precisamos fazer para acelerar a mudança exponencial agora?”, o vice-governador Professor Mateus, acompanhado da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, pôde revelar formas de atuação de Minas Gerais na adoção de energias renováveis perante os chamados Campeões do Clima, escolhidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para comandar as discussões técnicas sobre mudanças climáticas.
“Minas Gerais mostrou, mais uma vez, a sua forma de construção do Plano de Ação Climática (Plac), lançado no ano passado e que tem chamado muito a atenção aqui na COP pelo fato de colocarmos o setor privado e o setor público em uma mesma mesa para discussão, estabelecendo em conjunto as metas para emissão zero de carbono até 2050”, resumiu o vice-governador de Minas.
O diálogo se debruçou em alternativas energéticas na cidade de Bogotá, na Colômbia, além de empresas como a fabricante de automóveis Volvo e a Fundação Bezos, criada para a preservação do meio ambiente.
Esses foram alguns dos agentes que trouxeram casos de mudanças, como a expansão da geração de energia solar, eólica e os carros com propulsão alternativa à combustão, elencados como algumas das evidências da transformação exponencial que vem ocorrendo no mundo.
Os participantes do encontro debateram, então, de que forma estados, municípios e empresas podem potencializar suas ações rumo à descarbonização da economia nos próximos dois anos e provocar, assim, uma profunda mudança de paradigma.
Em Minas Gerais, a transição para o uso de combustíveis verdes, como etanol e biogás, conforme definido no Plano de Ação Climática, vem sendo feita de forma gradativa, considerando as potencialidades de geração de energias renováveis pelo estado, e o Governo de Minas tem assumido a articulação e a mobilização desses projetos junto aos municípios.
Elaborado com apoio internacional e participação efetiva da sociedade civil, setor produtivo e universidades, o Plac quer direcionar as ações do Estado rumo ao desenvolvimento de uma economia verde de baixo carbono, capaz de garantir a resiliência necessária às mudanças climáticas e uma sociedade mais inclusiva e sustentável do ponto de vista socioambiental para as próximas gerações.
O painel fez parte do Laboratório de Implementação “O poder dos sinais de demanda e facilitadores de políticas para acelerar transformações exponenciais de sistemas”, e teve como anfitriões os chamados Campeões do Clima, líderes de Alto Nível das Nações Unidas para as Alterações Climáticas na COP28: a presidente da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), Razan Al Mubarak, e o diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Mahmoud Mohieldin, e a Parceria de Marrakech para a Ação Climática Global, plataforma que apoia a implementação do Acordo de Paris, permitindo a colaboração entre governos e as cidades, regiões, empresas e investidores que devem agir em relação às alterações climáticas.